Zen é uma tradição espiritual japonesa com raízes na tradição Ch'an chinesa, que teve sua origem aproximadamente no século VII. Esta abordagem espiritual está tipicamente associada ao Budismo mahayana e teve seu início na China, onde foi influenciada pelo taoismo, antes de se espalhar para o Japão, Vietnã e Coreia.
A prática central do Zen japonês é o zazen, que significa "meditar sentado", uma forma de meditação contemplativa projetada para conduzir o praticante à "experiência direta da realidade" por meio da observação da própria mente.
Quando pratiquei o ZaZen pela primeira vez, em um retiro de silêncio chamado 'Kyol Che' entendi a importância do silêncio no processo do desenvolvimento do autoconhecimento. O corpo totalmente imóvel nos permite acessar estados muito além dos triviais nas meditações em que não paramos.
O Zen como o conhecemos hoje evoluiu graças à influência substancial do taoismo no Budismo chinês. Para alguns acadêmicos, o Zen representa uma síntese dessas duas correntes de pensamento, combinando elementos do Budismo e do Taoismo.
Esta tradição enfatiza o autocontrole rigoroso, a prática da meditação, a compreensão da natureza da mente e da natureza das coisas, bem como a expressão pessoal dessa compreensão na vida cotidiana, principalmente para o benefício dos outros.
Em contraste, o Zen não coloca ênfase apenas no estudo de sutras e doutrinas, preferindo a busca direta da verdade por meio da prática espiritual e da orientação de um professor ou mestre experiente.
Os ensinamentos do Zen são influenciados por várias fontes do pensamento mahayana, como Iogachara, os sūtras Tathāgatagarbha, o Laṅkāvatāra Sūtra e a escola Huayan, que destacam a natureza de Buda, a totalidade e o ideal Bodisatva.
Além disso, a literatura prajñāpāramitā e o pensamento madhyamaka também tiveram um papel importante na formação da abordagem apofática e, às vezes, iconoclasta do Zen.
No Zen japonês, existem duas principais vertentes: soto e rinzai. Enquanto a escola soto enfatiza a meditação silenciosa, a escola rinzai faz amplo uso de koans, que são enigmas. Atualmente, o Zen é uma das tradições budistas mais conhecidas e difundidas no Ocidente, com contribuições significativas de popularizadores como Reginald Horace Blyth, D. T. Suzuki, Alan Watts e Philip Kapleau, que publicaram numerosos livros entre 1950 e 1975, contribuindo para o crescente interesse no Zen no Ocidente, além do reconhecimento proporcionado pelos poetas da geração beat.
E você, que experiência direta teve com o ZEN??
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