"Ouvimos muitas músicas sobre o amor. Incontáveis poesias, inúmeros discursos. Poucas vezes separamos o amor verdadeiro dos outros sentimentos – o mais comum é confundí-los. Uma das confusões é com o apego – querer sempre estar com. ‘Possuir’ algo – ou alguém – para acessar toda vez que a necessidade afetiva se transforma em impulso e este transforme-se em vontade. Para quando a vontade retorna, buscar na mente sua última forma de realização. Seria o apego uma representação do medo de não haverem mais opções quando a necessidade surgir?
Já o amor é algo grandioso pela sua própria naturalidade e leveza. O amor não tem segundas intenções, ele apenas é. A diferença para outros sentimentos comuns – como o ciúme ou o desejo – é que ele nos liberta. Quando sentimos o amor verdadeiro, seja por nossa companheira, por um amigo ou pela natureza, nosso coração se enche de luz, o peito se abre e uma sensação de paz nos preenche totalmente. Até que cheguemos nisto, todo o resto são sentimentos periféricos – não menos importantes, mas periféricos. O amor nunca faz mal, senão não é amor.
O paradoxo do amor verdadeiro é que esse sentimento de amplitude total nos deixa sem referencial de personalidade – aquilo que demoramos anos e anos para criar e acabamos nos identificando. O amor é mais do que algo de João para Maria ou de Maria para Roberto, Roberta ou Nelson. Ele é a abstração do “eu” condicionado à profissão, à família em que nasceu. Ele vai além das crenças e valores. E como boa parcela da humanidade se referencia como ‘sendo’ sua personalidade, o amor acaba negado e distanciado da essência de onde vem. Se algo lhe deixa abalado, é algo que pode ser questionado. Mas essa essência – que funciona a serviço da vida – volta a trazê-lo em cada momento belo e terno em que nos conectamos com algo tão profundo e significativo que não nos deixa alheios. Um sorriso sincero, um olhar de criança, uma flor, um cachorro brincalhão. Tudo nos leva a amar. Para atingirmos o amor em sua plenitude, devemos seguir estas pistas e nos entregarmos. Termos fé na perfeição do universo, que a tudo repara, sempre trazendo alternativas para ficarmos bem. Como um passo para sentirmos o que há de mais profundo e elevado em nós e usarmos como ponte para nos conectarmos com o outro e com a natureza.
Como saber quando chegamos lá? Uma sensação de sentir-se parte de tudo, um todo tão magnífico quanto a própria vida. Quando olharmos e não vermos nenhuma diferença, nenhuma comparação. Exatamente no ponto em que somos todos iguais. Lá está o amor. E também aqui, nestas palavras.
Fique bem, pois o bem já É em você."
Lucas Selbach
Texto Criado em 11 de abril de 2006.
Já o amor é algo grandioso pela sua própria naturalidade e leveza. O amor não tem segundas intenções, ele apenas é. A diferença para outros sentimentos comuns – como o ciúme ou o desejo – é que ele nos liberta. Quando sentimos o amor verdadeiro, seja por nossa companheira, por um amigo ou pela natureza, nosso coração se enche de luz, o peito se abre e uma sensação de paz nos preenche totalmente. Até que cheguemos nisto, todo o resto são sentimentos periféricos – não menos importantes, mas periféricos. O amor nunca faz mal, senão não é amor.
O paradoxo do amor verdadeiro é que esse sentimento de amplitude total nos deixa sem referencial de personalidade – aquilo que demoramos anos e anos para criar e acabamos nos identificando. O amor é mais do que algo de João para Maria ou de Maria para Roberto, Roberta ou Nelson. Ele é a abstração do “eu” condicionado à profissão, à família em que nasceu. Ele vai além das crenças e valores. E como boa parcela da humanidade se referencia como ‘sendo’ sua personalidade, o amor acaba negado e distanciado da essência de onde vem. Se algo lhe deixa abalado, é algo que pode ser questionado. Mas essa essência – que funciona a serviço da vida – volta a trazê-lo em cada momento belo e terno em que nos conectamos com algo tão profundo e significativo que não nos deixa alheios. Um sorriso sincero, um olhar de criança, uma flor, um cachorro brincalhão. Tudo nos leva a amar. Para atingirmos o amor em sua plenitude, devemos seguir estas pistas e nos entregarmos. Termos fé na perfeição do universo, que a tudo repara, sempre trazendo alternativas para ficarmos bem. Como um passo para sentirmos o que há de mais profundo e elevado em nós e usarmos como ponte para nos conectarmos com o outro e com a natureza.
Como saber quando chegamos lá? Uma sensação de sentir-se parte de tudo, um todo tão magnífico quanto a própria vida. Quando olharmos e não vermos nenhuma diferença, nenhuma comparação. Exatamente no ponto em que somos todos iguais. Lá está o amor. E também aqui, nestas palavras.
Fique bem, pois o bem já É em você."
Lucas Selbach
Texto Criado em 11 de abril de 2006.
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